FICHA DE LEITURA
CAPA
Na capa deverão constar:
Escola Estadual de Ensino Fundamental Rio Jacuí
Análise Literária
Professora: Neiva Köhler
Disciplina: Língua Portuguesa
Aluno: (nome completo)
Turma: 81
Data de Entrega:
ROTEIRO DO TRABALHO LITERÁRIO
1. Informações gerais:
Autor:
Obra: (título do livro)
Edição: Editora:
Local e data de publicação:
2. As personagens:
2.1- Indique e caracterize, física e psiquicamente, as personagens principais:
2.2- Quais as personagens secundárias?
4. O espaço (identificação e caracterização do lugar ou dos lugares onde se deram os fatos narrados):
5. O tempo(Indicação e/ou caracterização da época em que ocorreram os fatos narrados):
6. O estilo (o modo como os fatos são apresentados pelo autor):
O livro constitui um só “bloco” ou está dividido em partes, capítulos, etc.? É escrito na 1ª ou na 3ª pessoa? Os fatos são sempre apresentados na ordem em que ocorreram? O tempo é marcado em dias, meses, anos ou não se faz menção a isso? A linguagem utilizada pelo autor consegue despertar e manter o interesse do leitor? Como? A maneira como o autor diz as coisas lhe parece diferente da comum ou das de outros autores que você conhece ou nada apresenta de novo?
7. Apreciação:
Que é que você pensa a respeito da maneira como a obra está estruturada e sobre o modo como o autor escreve?
Em que é que a seu ver, ele poderia ter procedido de maneira diferente? Por quê?
FICHA DE LEITURA
ESCOLA ESTADUAL DE ENSINO FUNDAMENTAL RIO JACUÍ
NOME: TURMA:
DISCIPLINA: PROFESSORA:
I. REFERÊNCIA BIBLIOGRÁFICA
Autor:
Obra:
Edição: Editora:
Local e data de publicação:
II. O AUTOR – DADOS BIOGRÁFICOS
Nascimento (data e local):
Morte (data e local):
Ocupações:
Outras obras:
III. A OBRA
TEMA:
atual ( ) de outra época ( )
Parte mais interessante:
Parte menos interessante:
LINGUAGEM:
Vocabulário
fácil e acessível ( ) rebuscado e difícil ( )
Registro de língua:
Corrente ( ) cuidado ( ) popular ( ) familiar ( )
IV. RESUMO
V. A APRECIAÇÃO CRÍTICA DO LEITOR
a. Seleção de cinco palavras desconhecidas:
b. Seleção de cinco palavras belas:
c. Registro de duas frases marcantes:
d. Valeu a pena ler esta obra porque...
e. Não apreciei a leitura desta obra porque...
f. Esta obra me fez refletir sobre...
ESCOLA ESTADUAL DE ENSINO FIUNDAMENTAL RIO JACUÍ
NOME: TURMA:
DISCIPLINA: PROFESSORA:
I. IDENTIFICAÇÃO
A. Nome do autor:
B. Título do livro:
II. PERSONAGENS
A. Você já reparou que algumas personagens do livro têm características bem definidas. Escolha três delas e escreva seu nome e como são:
1.
2.
3.
B. No livro, o narrador (quem conta a história) é personagem ou observador?
III. NARRATIVA
A. A história, com muitas aventuras, é bastante longa e cheia de contratempos. Muitos fatos ocorreram, sendo alguns básicos e outros secundários. Conte com suas palavras um desses fatos:
IV. AMBIENTE
A. O autor ou personagem contou fatos que se passaram em alguns lugares. Escreva o nome de dois lugares:
V. LINGUAGEM
A. Você ficou conhecendo várias palavras novas com a história. Procure se lembrar da maneira como foi contada e marque a alternativa que caracterize melhor a linguagem usada:
* ( ) quase indígena, pois há muitas palavras em tupi e até frases inteiras escritas nessa língua.
* ( ) simples, com frases e parágrafos curtos e claros em que o vocabulário mais difícil está diretamente relacionado com a atividade das personagens.
* ( ) ultramoderna, pois se nota o emprego constante de gíria e de expressões da juventude atual.
* ( ) nenhuma delas. A linguagem usada é ...
VI MENSAGEM
A. Que leitura, hein?! Pois bem, chegou a hora de dar sua opinião, o que você achou do livro.
Muitas outras viagens eles farão pelo mundo do conhecimento.
O bom é que através dos livros podemos viajar livremente. Foi pelo registro deixado em livros e documentos que conhecemos a história de nosso País e sua independência. E é pela descoberta da leitura que nós enriquecemos os conhecimentos e adquirimos uma visão mais ampla do mundo, das pessoas, das coisas e dos acontecimentos.
http://www.aguiareal.com.br/a_DT_novaortografia/a_DT_novaortografia.htm
Recebi um e-mail de solidariedade que copiei a seguir:
Muitos tem acompanhado o drama desta família de Cachoeira do Sul, cujos dois filhos, Jorni e Felipe, sofreram graves queimaduras com a explosão de um cofre que continha explosivos.
O Jorni faleceu na sexta-feira e estamos em oração pela vida do Felipe.
Segue anexo o link do blog criado para oferecer apoio e solidariedade à família e amigos e também compartilhar informações sobre a situação do Felipe.
Junte-se a essa corrente de oração, e participe do blog, confortando familiares e amigos.
http://www.amigosdafamiliavargashertz.blogspot.com/
Cláudia Alves Portugal
"[Deus] é poderoso para fazer infinitamente mais do que tudo quanto pedimos ou pensamos, conforme o seu poder que opera em nós." Efésios 3:20
Por dentro dos bolsos há ìmã colado para que os números, que também têm ímã atrás, possam ser unidos. Fiz 10 números para cada valor, ou seja: 10 números para centena, 10 para dezena e mais 10 para unidade. Dentro dos bolsos segui a forma do material dourado e fiz 10 placas para centena, 10 barras para dezena e 10 cubos para unidade.
Ela contou que um antropólogo estava estudando os usos e costumes da tribo e, quando terminou seu trabalho, teve que esperar pelo transporte que o levaria até o aeroporto de
volta pra casa. Sobrava muito tempo, mas ele não queria catequizar os membros da tribo; então propôs uma brincadeira pras crianças, que achou ser inofensiva.
Comprou uma porção de doces e guloseimas na cidade, botou tudo num cesto bem bonito com laço de fita, e colocou debaixo de uma árvore. Aí ele chamou as crianças e combinou que quando ele dissesse "já!", elas deveriam sair correndo até o cesto, e a que chegasse primeiro ganharia todos os doces que estavam lá dentro.
As crianças se posicionaram na linha demarcatória que ele desenhou no chão e esperaram pelo sinal combinado. Quando ele disse "Já!", instantâneamente todas as crianças se deram as mãos e saíram correndo em direção à árvore com o cesto. Chegando lá, começaram a distribuir os doces entre si, e a comerem felizes.
O antropólogo foi ao encontro delas e perguntou porque elas tinham ido todas juntas se uma só poderia ficar com tudo que havia no cesto e, assim, ganhar muito mais doces.
Elas simplesmente responderam: "Ubuntu, tio. Como uma de nós poderia ficar feliz se todas as outras estivessem tristes?"
Ele ficou desconcertado! Meses e meses trabalhando nisso, estudando a tribo, e ainda não havia compreendido, de verdade, a essência daquele povo. Ou jamais teria proposto uma competição, certo?
Ubuntu significa: "Sou quem sou, porque somos todos nós!"
Atente para o detalhe: porque SOMOS, não pelo que temos...
UBUNTU PARA VOCÊ!
Mensagem recebida por e-mail.
Mãe, eu juro de pés juntos que não fui eu. A expressão surgiu através das torturas executadas pela Santa Inquisição, nas quais o acusado de heresias tinha as mãos e os pés amarrados (juntos) e era torturado para dizer nada além da verdade. Até hoje o termo é usado para expressar a veracidade de algo que uma pessoa diz.
MOTORISTA BARBEIRO:
Nossa, que cara mais barbeiro! No século XIX, os barbeiros faziam não somente os serviços de corte de cabelo e barba, mas também, tiravam dentes, cortavam calos, etc., e por não serem profissionais, seus serviços mal feitos geravam marcas. A partir daí, desde o século XV, todo serviço mal feito era atribuído ao barbeiro, pela expressão "coisa de barbeiro". Esse termo veio de Portugal, contudo a associação de "motorista barbeiro", ou seja, um mau motorista, é tipicamente brasileira..
TIRAR O CAVALO DA CHUVA:
Pode ir tirando seu cavalinho da chuva porque não vou deixar você sair hoje! No século XIX, quando uma visita iria ser breve, ela deixava o cavalo ao relento em frente à casa do anfitrião e se fosse demorar, colocava o cavalo nos fundos da casa, em um lugar protegido da chuva e do sol. Contudo, o convidado só poderia pôr o animal protegido da chuva se o anfitrião percebesse que a visita estava boa e dissesse: "pode tirar o cavalo da chuva". Depois disso, a expressão passou a significar a desistência de alguma coisa.
À BEÇA:
O mesmo que abundantemente, com fartura, de maneira copiosa. A origem do dito é atribuída às qualidades de argumentador do jurista alagoano Gumercindo Bessa, advogado dos acreanos que não queriam que o Território do Acre fosse incorporado ao Estado do Amazonas.
DAR COM OS BURROS N'ÁGUA:
A expressão surgiu no período do Brasil colonial, onde tropeiros que escoavam a produção de ouro, cacau e café, precisavam ir da região Sul à Sudeste sobre burros e mulas. O fato era que muitas vezes esses burros, devido à falta de estradas adequadas, passavam por caminhos muito difíceis e regiões alagadas, onde os burros morriam afogados. Daí em diante o termo passou a ser usado para se referir a alguém que faz um grande esforço para conseguir algum feito e não consegue ter sucesso naquilo.
GUARDAR A SETE CHAVES:
No século XIII, os reis de Portugal adotavam um sistema de arquivamento de jóias e documentos importantes da corte através de um baú que possuía quatro fechaduras, sendo que cada chave era distribuída a um alto funcionário do reino. Portanto eram apenas quatro chaves. O número sete passou a ser utilizado devido ao valor místico atribuído a ele, desde a época das religiões primitivas. A partir daí começou-se a utilizar o termo "guardar a sete chaves" para designar algo muito bem guardado..
OK:
A expressão inglesa "OK" (okay), que é mundialmente conhecida para significar algo que está tudo bem, teve sua origem na Guerra da Secessão, no EUA. Durante a guerra, quando os soldados voltavam para as bases sem nenhuma morte entre a tropa, escreviam numa placa "0 killed" (nenhum morto), expressando sua grande satisfação, daí surgiu o termo "OK".
ONDE JUDAS PERDEU AS BOTAS:
Existe uma história não comprovada, de que após trair Jesus, Judas enforcou-se em uma árvore sem nada nos pés, já que havia posto o dinheiro que ganhou por entregar Jesus dentro de suas botas. Quando os soldados viram que Judas estava sem as botas, saíram em busca delas e do dinheiro da traição. Nunca ninguém ficou sabendo se acharam as botas de Judas. A partir daí surgiu à expressão, usada para designar um lugar distante, desconhecido e inacessível.
PENSANDO NA MORTE DA BEZERRA:
A história mais aceitável para explicar a origem do termo é proveniente das tradições hebraicas, onde os bezerros eram sacrificados para Deus como forma de redenção de pecados. Um filho do rei Absalão tinha grande apego a uma bezerra que foi sacrificada. Assim, após o animal morrer, ele ficou se lamentando e pensando na morte da bezerra. Após alguns meses o garoto morreu.
PARA INGLÊS VER:
A expressão surgiu por volta de 1830, quando a Inglaterra exigiu que o Brasil aprovasse leis que impedissem o tráfico de escravos. No entanto, todos sabiam que essas leis não seriam cumpridas, assim, essas leis eram criadas apenas "para inglês ver". Daí surgiu o termo.
RASGAR SEDA:
A expressão que é utilizada quando alguém elogia grandemente outra pessoa, surgiu através da peça de teatro do teatrólogo Luís Carlos Martins Pena. Na peça, um vendedor de tecidos usa o pretexto de sua profissão para cortejar uma moça e começa a elogiar exageradamente sua beleza, até que a moça percebe a intenção do rapaz e diz: "Não rasgue a seda, que se esfiapa".
O PIOR CEGO É O QUE NÃO QUER VER:
Em 1647, em Nimes, na França, na universidade local, o doutor Vicent de Paul D`Argent fez o primeiro transplante de córnea em um aldeão de nome Angel. Foi um sucesso da medicina da época, menos para Angel, que assim que passou a enxergar ficou horrorizado com o mundo que via. Disse que o mundo que ele imaginava era muito melhor. Pediu ao cirurgião que arrancasse seus olhos. O caso foi acabar no tribunal de Paris e no Vaticano. Angel ganhou a causa e entrou para história como o cego que não quis ver.
ANDA À TOA:
Toa é a corda com que uma embarcação reboca a outra. Um navio que está à toa é o que não tem leme nem rumo, indo para onde o navio que o reboca determinar.
QUEM NÃO TEM CÃO, CAÇA COM GATO:
Na verdade, a expressão, com o passar dos anos, se adulterou. Inicialmente se dizia quem não tem cão caça como gato, ou seja, se esgueirando, astutamente, traiçoeiramente, como fazem os gatos.
DA PÁ VIRADA:
A origem do ditado é em relação ao instrumento, a pá. Quando a pá está virada para baixo, voltada para o solo, está inútil, abandonada decorrentemente pelo Homem vagabundo, irresponsável, parasita.
NHENHENHÉM:
Nheë, em tupi, quer dizer falar. Quando os portugueses chegaram ao Brasil, os indígenas não entendiam aquela falação estranha e diziam que os portugueses ficavam a dizer "nhen-nhen-nhen".
VAI TOMAR BANHO:
Em "Casa Grande & Senzala", Gilberto Freyre analisa os hábitos de higiene dos índios versus os do colonizador português. Depois das Cruzadas, como corolário dos contatos comerciais, o europeu se contagiou de sífilis e de outras doenças transmissíveis e desenvolveu medo ao banho e horror à nudez, o que muito agradou à Igreja. Ora, o índio não conhecia a sífilis e se lavava da cabeça aos pés nos banhos de rio, além de usar folhas de árvore para limpar os bebês e lavar no rio as redes nas quais dormiam. Ora, o cheiro exalado pelo corpo dos portugueses, abafado em roupas que não eram trocadas com frequência e raramente lavadas, aliado à falta de banho, causava repugnância aos índios. Então os índios, quando estavam fartos de receber ordens dos portugueses, mandavam que fossem "tomar banho".
ELES QUE SÃO BRANCOS QUE SE ENTENDAM:
Esta foi das primeiras punições impostas aos racistas, ainda no século XVIII. Um mulato, capitão de regimento, teve uma discussão com um de seus comandados e queixou-se a seu superior, um oficial português... O capitão reivindicava a punição do soldado que o desrespeitara. Como resposta, ouviu do português a seguinte frase: "Vocês que são pardos, que se entendam". O oficial ficou indignado e recorreu à instância superior, na pessoa de dom Luís de Vasconcelos (1742-1807), 12° vice-rei do Brasil. Ao tomar conhecimento dos fatos, dom Luís mandou prender o oficial português que estranhou a atitude do vice-rei. Mas, dom Luís se explicou: Nós somos brancos, cá nos entendemos.
A DAR COM O PAU :
O substantivo "pau" figura em várias expressões brasileiras. Esta expressão teve origem nos navios negreiros. Os negros capturados preferiam morrer durante a travessia e, para isso, deixavam de comer. Então, criou-se o "pau de comer" que era atravessado na boca dos escravos e os marinheiros jogavam sapa e angu para o estômago dos infelizes, a dar com o pau. O povo incorporou a expressão.
ÁGUA MOLE EM PEDRA DURA, TANTO BATE ATÉ QUE FURA:
Um de seus primeiros registros literário foi feito pelo escritor latino Ovídio ( 43 a .C.-18 d.C), autor de célebres livros como "A arte de amar "e Metamorfoses", que foi exilado sem que soubesse o motivo. Escreveu o poeta: “A água mole cava a pedra dura". É tradição das culturas dos países em que a escrita não é muito difundida formar rimas nesse tipo de frase para que sua memorização seja facilitada. Foi o que fizeram com o provérbio, portugueses e brasileiros.
http://www.fmu.br/game/home.asp
Pergunta:
Alguém sabe me explicar, num português claro e direto, sem figuras de linguagem, o que quer dizer a expressão "no frigir dos ovos"?
Resposta:
Quando comecei, pensava que escrever sobre comida seria sopa no mel, mamão com açúcar. Só que depois de um certo tempo dá crepe, você percebe que comeu gato por lebre e acaba ficando com uma batata quente nas mãos. Como rapadura é doce mas não é mole, nem sempre você tem idéias e pra descascar esse abacaxi só metendo a mão na massa.
E não adianta chorar as pitangas ou, simplesmente, mandar tudo às favas.
Já que é pelo estômago que se conquista o leitor, o negócio é ir comendo o mingau pelas beiradas, cozinhando em banho-maria, porque é de grão em grão que a galinha enche o papo.
Contudo é preciso tomar cuidado para não azedar, passar do ponto, encher linguiça demais. Além disso, deve-se ter consciência de que é necessário comer o pão que o diabo amassou para vender o seu peixe. Afinal não se faz uma boa omelete sem antes quebrar os ovos.
Há quem pense que escrever é como tirar doce da boca de criança e vai com muita sede ao pote. Mas, como o apressado come cru, essa gente acaba falando muita abobrinha, são escritores de meia tigela, trocam alhos por bugalhos e confundem Carolina de Sá Leitão com caçarolinha de assar leitão.
Há também aqueles que são arroz de festa, com a faca e o queijo nas mãos eles se perdem em devaneios (piram na batatinha, viajam na maionese... etc.). Achando que beleza não põe mesa, pisam no tomate, enfiam o pé na jaca, e no fim quem paga o pato é o leitor que sai com cara de quem comeu e não gostou.
O importante é não cuspir no prato em que se come, pois quem lê não é tudo farinha do mesmo saco. Diversificar é a melhor receita para engrossar o caldo e oferecer um texto de se comer com os olhos, literalmente.
Por outro lado, se você tiver os olhos maiores que a barriga o negócio desanda e vira um verdadeiro angu de caroço. Aí, não adianta chorar sobre o leite derramado porque ninguém vai colocar uma azeitona na sua empadinha, não. O pepino é só seu, e o máximo que você vai ganhar é uma banana, afinal pimenta nos olhos dos outros é refresco...
A carne é fraca, eu sei. Às vezes dá vontade de largar tudo e ir plantar batatas. Mas quem não arrisca não petisca, e depois, quando se junta a fome com a vontade de comer, as coisas mudam da água pro vinho.
Se embananar, de vez em quando, é normal, o importante é não desistir mesmo quando o caldo entornar. Puxe a brasa pra sua sardinha, que no frigir dos ovos a conversa chega na cozinha e fica de se comer rezando. Daí, com água na boca, é só saborear, porque o que não mata engorda.
Entendeu o que significa “no frigir dos ovos”?
Ora, a palavra é o nosso principal veículo de comunicação interpessoal e tem o poder de influir sobre o nosso estado de ânimo, interferir em nossas emoções e provocar reações físicas. Por isso, as Escrituras dão tanta importância às palavras. Vejamos alguns exemplos:
"A resposta branda desvia o furor, mas a palavra dura suscita a ira" (Pv. 15:1). "A morte e a vida estão no poder da língua" (Pv 18:21). "Tens visto um homem precipitado nas suas palavras? Maior esperança há para o insensato do que para ele" (Pv 29:20).
Tanto os salmistas quanto os profetas suplicaram ao Senhor que pusesse um "guarda" à sua boca e vigiasse "a porta" dos seus lábios (Sl 141:3) para ajudá-los a "não pecar com a língua" (Sl 39:1).
Ao receber o chamado do Senhor, Isaías se lamentou por ser um "homem de lábios impuros", que habitava "no meio de um povo de impuros lábios" (Is 6:5). Até mesmo Moisés, o homem mais manso que havia sobre a Terra, um dia perdeu a paciência com o povo de Israel, em Meribá, e "falou irrefletidamente" (Sl 106:33).
O próprio Cristo encareceu o valor das palavras, ao advertir: "Digo-vos que de toda palavra frívola que proferirem os homens, dela darão conta no Dia do Juízo; porque, pelas tuas palavras, serás justificado e, pelas tuas palavras, serás condenado" (Mt 12:36, 37).
Tomando por base tudo o que os autores da Bíblia falaram, conclui-se que a afirmação do apóstolo Tiago, com certeza, não tem por objetivo enaltecer o uso correto do vernáculo, embora isso seja louvável. Ele está falando dos pecados da língua e do dever de refreá-la.
E como se consegue isso? Jesus disse que "a boca fala do que está cheio o coração" (Lc 6:45). Logo, a primeira coisa que uma pessoa deve fazer é entregar o coração a Deus, pois o controle da língua só será possível quando Cristo controlar o coração.
Fonte: Meditações Diárias: Com a eternidade no coração/ Rubem M. Scheffel. - Tatuí, SP: Casa Publicadora Brasileira, 2009.