Sempre pensei em como eu iria ser quando fosse homem, como aqueles que eu costumava admirar: homens bravos, montados em cavalos correndo a galope atrás de foras da lei a todo tempo.
Eu passava noites olhando através da janela da pequena casa velha de minha mãe, iluminada pelo brilho das estrelas que passavam pelas largas frestas e clareavam o meu olhar.
Quando a noite já tomara seu lugar cobrindo os campos de sereno e o vento assoviava mais alto que o silêncio, minha mãe, às vezes, muito brava, interrompia o meu sonhar dizendo:
_ Vá deitar, menino, já é tarde! Vá dormir para logo cedo acordar!
É eu tinha de acordar cedo mesmo, para poder ajudar minha mãe e meus irmãos, e isso tudo me roubava o tempo todo, mas mesmo assim achava um tempinho para estudar.
Minha mãe não falava para não me magoar, mas eu sabia que ela achava que um menino pobre como eu, raramente conseguiria ser quem eu desejava ser. Mas isso não era motivo de desânimo, mas sim, isso me fazia querer vencer sempre mais e mais.
Lutei diariamente por meus objetivos e quando atingi maioridade virei soldado da brigada militar. Eu me enchia de orgulho ao vestir minha farda marrom e montar num cavalo a trotear pela cidade fazendo o bem às pessoas que ali moravam.
Mas ser um soldado não me fez mudar o mundo, eu queria melhorar a cidade onde vivia e ajudar as famílias que ali viviam e acabar de vez com a miséria que assombrava mentes e fazia que o sofrimento ofuscasse os pequenos olhos das crianças que ali viviam.
E essa sede de querer apagar a realidade que muitas vezes me fazia chorar, fez com que eu e muitas pessoas buscássemos nossos sonhos. Não consegui mudar o mundo, mas sou hoje 2º Sargento da Brigada Militar e sei que fiz o sol brilhar em muitas vidas.
O lugar onde vivia ainda me traz saudades sempre quando eu lembro dos campos limpos e do rio de águas correntes que desciam por um amontoado de pedras, uma bela cachoeira onde eu sentava a observar os meninos que por ali se aventuravam entre pedras e quedas d’água.
Eu ficava horas e horas a sonhar e sonhar que um dia eu iria ver meus feitos escritos na história da pequena princesa do Jacuí, Cachoeira do Sul.
Este texto foi escrito pela minha aluna da turma 71, Tatiane Fagundes, baseado em entrevista com José Pedro Alves dos Santos e foi selecionado,pela escola, para a Olimpíada de Língua Portuguesa 2010, no gênero memórias literárias.
Eu passava noites olhando através da janela da pequena casa velha de minha mãe, iluminada pelo brilho das estrelas que passavam pelas largas frestas e clareavam o meu olhar.
Quando a noite já tomara seu lugar cobrindo os campos de sereno e o vento assoviava mais alto que o silêncio, minha mãe, às vezes, muito brava, interrompia o meu sonhar dizendo:
_ Vá deitar, menino, já é tarde! Vá dormir para logo cedo acordar!
É eu tinha de acordar cedo mesmo, para poder ajudar minha mãe e meus irmãos, e isso tudo me roubava o tempo todo, mas mesmo assim achava um tempinho para estudar.
Minha mãe não falava para não me magoar, mas eu sabia que ela achava que um menino pobre como eu, raramente conseguiria ser quem eu desejava ser. Mas isso não era motivo de desânimo, mas sim, isso me fazia querer vencer sempre mais e mais.
Lutei diariamente por meus objetivos e quando atingi maioridade virei soldado da brigada militar. Eu me enchia de orgulho ao vestir minha farda marrom e montar num cavalo a trotear pela cidade fazendo o bem às pessoas que ali moravam.
Mas ser um soldado não me fez mudar o mundo, eu queria melhorar a cidade onde vivia e ajudar as famílias que ali viviam e acabar de vez com a miséria que assombrava mentes e fazia que o sofrimento ofuscasse os pequenos olhos das crianças que ali viviam.
E essa sede de querer apagar a realidade que muitas vezes me fazia chorar, fez com que eu e muitas pessoas buscássemos nossos sonhos. Não consegui mudar o mundo, mas sou hoje 2º Sargento da Brigada Militar e sei que fiz o sol brilhar em muitas vidas.
O lugar onde vivia ainda me traz saudades sempre quando eu lembro dos campos limpos e do rio de águas correntes que desciam por um amontoado de pedras, uma bela cachoeira onde eu sentava a observar os meninos que por ali se aventuravam entre pedras e quedas d’água.
Eu ficava horas e horas a sonhar e sonhar que um dia eu iria ver meus feitos escritos na história da pequena princesa do Jacuí, Cachoeira do Sul.
Este texto foi escrito pela minha aluna da turma 71, Tatiane Fagundes, baseado em entrevista com José Pedro Alves dos Santos e foi selecionado,pela escola, para a Olimpíada de Língua Portuguesa 2010, no gênero memórias literárias.
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