Neiva Ester
A seguir você encontrará o programa para a Festa do Livro que foi desenvolvido na escola onde trabalho.
Acrescentei uma foto do convite e, também das principais atividades desenvolvidas para ficar mais claro.

FESTA DO LIVRO


ABERTURA:
É com imenso prazer que saúdo os estudantes, os pais e visitantes da nossa escola, nesta festa tão especial. Planejamos esse evento para promover entre as crianças da Escola Adventista, algo que é fundamental na formação do cidadão: a leitura de livros.
Através dos livros, você tem condições de viajar, mesmo sem ter grandes condições financeiras, tem a oportunidade de conhecer lugares, seres, objetos, culturas que a sua posição no tempo ou no espaço não favorecem. Podemos dizer que o livro é o amigo ideal, basta você observar imagens, juntar letra com letra e as paisagens vão se formando na sua mente e o passeio já começa.
Aos nossos visitantes oferecemos a oportunidade de fazerem parte da nossa festa e sentirem-se muito bem conosco. Aos nossos estudantes, o apelo para que visitem não a exposição, mas os livros que nela estão, façam amizades com os seus personagens e escolham alguns para levar com vocês.

FALA DE PROFESSOR:
O livro é um amigo muito especial e, na nossa escola, temos por hábito, todos os dias, abrirmos um livro com muitas histórias que já aconteceram, profecias que vão acontecer, poesias e provérbios que nos passam muita sabedoria.
Que livro é este? A Bíblia!
É dela que saiu a história que os alunos do 2º ano vão contar agora.
Veja como, da combinação das letras que estão aqui (mostrar na Bíblia), podemos tirar uma aventura bem interessante.
HISTÓRIA BÍBLICA

(Dois alunos do 2º ano passam uma faixa com o título da história.)


DAVI E GOLIAS

(Alunos do 2º ano memorizam suas partes e contam a história.)

Do livro de 1º Samuel, na Bíblia, contamos a história dos filisteus, um povo que desafiava e atacava os israelitas, conhecidos como o povo de Deus.

No exército filisteu havia um homem muito grande e forte chamado Golias.

Golias tinha quase três metros de altura e usava um capacete e uma armadura que pesavam uns sessenta quilos.

Ele carregava um dardo e uma lança enorme muito grossa e pesada, com uma ponta de ferro que pesava mais ou menos sete quilos.

Os filisteus pararam num monte que ficava de um lado do vale e os israelitas no monte do outro lado.

Golias veio até o acampamento dos israelitas e gritou muito forte, pedindo que eles escolhessem um homem para lutar com ele.

Se os israelitas vencessem, os filisteus seriam escravos deles, mas se os filisteus vencessem, os israelitas seriam escravos dos filisteus.

Durante 40 dias, Golias desafiou os israelitas todas as manhãs e todas as tardes.

Enquanto isso no povoado de Efrata, um rapazinho, chamado Davi, se preparava para levar mantimentos e buscar notícias dos seus irmãos que lutavam no exército israelita.

Davi chegou lá bem na hora em que os dois exércitos estavam se alinhando para a batalha.

Deixou as coisas que levava com um oficial encarregado e correu para frente da batalha a fim de falar com os seus irmãos.

Enquanto Davi conversava com os irmãos, Golias avançou e desafiou os israelitas, como já havia feito antes.

MÚSICA: O RAPAZ DAVI

(Entra Golias desafiando a todos.)

(As crianças presentes se apavoram e ficam olhando para Golias.)

(Quando começa a parte de Davi, as crianças olham para ele.)


(Na 1ª estrofe, Davi, mais afastado, só se prepara, pegando e arrumando a funda.)

(Na 2ª estrofe, Davi vem para frente do gigante e as crianças acompanham os movimentos da funda.)

(Quando Davi lança a pedra, as crianças acompanham apavoradas, o gigante tombando.)

(No final, todos vibram.)

FALA DE PROFESSOR:
Você já percebeu que o livro é uma janela que se abre para todos.
Há os que leem com os olhos, outros que leem através do tato, mas todos podem ler lê descobrir as surpresas que estão por trás dessa janela. Abra logo você também essa janela!

(A turma do 3º ano ocupa o palco para cantar ABRA A JANELA na linguagem oral e dos surdos mudos.)

(Quando começa a música, os alunos do Pré-escolar entram com um livro na mão e se colocam à frente do palco lendo e comentando a leitura entre eles. Combinar com alguns deles para, conforme a letra da música, mostrar alguns objetos: olhos, a palavra ARTE vazada, algumas coroas de reis para serem colocadas na cabeça e tubarões. Mergulharem o rosto no livro na hora em que a música fala.)

(Saem os alunos do 3º ano e ficam os do Pré-escolar.)

FALA DE PROFESSOR:
Através da janela que o livro abre você pode ver mais longe, do que uma janela normal, porque entra em cena a imaginação e ela pode te levar a lugares inesperados. Entre uma capa e outra de um livro, antes de ler, você nem pode saber quantas ou quais coisas vai encontrar. Pode ser uma história, podem ser várias receitas, informações ou até um pouco de brincadeiras com as palavras.

(Saem os alunos do Pré-escolar.)
(Organizar o jardim com flores de balão que estavam gruardadas para a ocasião.)

FALA DE PROFESSOR:
E é isso que vocês verão agra. Desse livrinho montado com os alunos da escola, a partir das cantigas de roda conhecidas, complementadas com a poesia dos nossos alunos, foi extraída uma encenação que tem por título:
O Cravo, a Rosa e as Cantigas de Roda
FALA DE PROFESSOR:
Emprestar vida a objetos que não têm ou ações a seres que por natureza não as praticam, é uma característica do desenvolvimento infantil. E nós aproveitamos essa fantasia para brincar com as palavras das cantigas de roda, colocando um pouco da ideia de cada turma da Escola Adventista de Cachoeira do Sul na poesia desses clássicos.

(Entram os alunos da flauta.)

O Cravo, a Rosa e as Cantigas de Roda

(Um aluno vestido de terno, fazendo às vezes do Cravo e uma aluna de vestido, fazendo às vezes da Rosa.)
(Uma aluna sobre o palco, declama as estrofes da poesia que envolve todo o livro.)
(No máximo, três flautas tocam a canção O CRAVO E A ROSA na parte debaixo, à frente do palco.)

Num jardim muito florido
vivia um Cravo bem colorido
E até, meio exibido,
pelo drama que estava sendo envolvido.

No mesmo jardim que morava,
bem perto dele estava
aquela que nem o olhava.
A Rosa juvenil, que ao Cravo desprezava.


(Grupo de crianças do 1º ano fazem um círculo intercalando menino e menina e cantam...)

A linda Rosa juvenil, juvenil, juvenil.
A linda Rosa juvenil, juvenil.

Vivia alegre no seu lar, no seu lar, no seu lar.
Vivia alegre no seu lar, no seu lar.

E sempre o Cravo a desprezar, desprezar, desprezar.
E sempre o Cravo a desprezar, desprezar.

Torcemos pra Rosa mudar, pra mudar, pra mudar.
Torcemos pra Rosa mudar, pra mudar.


(A flauta toca a 2ª estrofe da canção O CRAVO E A ROSA.)

O nosso amigo Cravo não desistia
Na conquista dessa amizade insistia
Ia bem longe, quase sumia...
Aos amigos, o seu coração abria.



MÚSICA: FUI NO ITORORÓ

(8 crianças do 4º ano sobem ao palco: 4 meninos e 4 meninas e fazem uma roda e cantam a 1ª estrofe rodando para um lado e a 2ª rodando para o outro lado. Nas duas próximas estrofes, meninos ficam diante das meninas. Meninos cantam "Oh Mariazinha" e meninas cantam "Sozinha eu não fico". Cantam a última estrofe em pares de braços dados.)

Fui no Itororó
Beber água e não achei
Encontrei bela morena
Que no Itororó deixei

Aproveite minha gente
Que uma noite não é nada
Quem não dormir agora
Dormirá de madrugada


Oh! Mariazinha
Oh! Mariazinha
Entrarás na roda
E ficarás sozinha

Sozinha eu não fico
Nem hei de ficar
Porque um de vocês
Há de ser meu par

Sozinhos não ficamos
(...)



A Rosa não estava pra essa amizade
Será que de outro jardim tinha saudade?
Por que não aproveitar a bela idade
E viver brincando esta felicidade?


MÚSICA: CIRANDA, CIRANDINHA
(Grupo de crianças do 1º ano cerca a Rosa e canta.)

Ciranda, cirandinha
Vamos todos cirandar
Vamos dar a meia volta
Volta e meia vamos dar

O anel que tu me deste
Era vidro e se quebrou
O amor que tu me tinhas
Era pouco e se acabou


Por isso Dona Ciranda
Entre dentro dessa roda
Diga um verso bem bonito
Diga adeus e vá-se embora

Rosa: Nesse jardim tenho amigos
Só o Cravo não me agrada
Por ser muito metido
A sua amizade é rejeitada.


Oh! Por favor Dona Ciranda
Pense bem nessa amizade
Olhe o Cravo com carinho
E terás felicidade

Se o Cravo, a Rosa deixasse
E para outra flor do jardim olhasse
Mesmo assim, não iria adiantar
Pois ainda na Rosa estaria o Cravo a pensar.


MÚSICA: PEIXE VIVO
(Em pé no lugar os alunos do 2º ano cantam precedidos ou acompanhados pela flauta.)

Flauta: Como pode o peixe vivo
Viver fora da água fria
Alunos: Como pode o peixe vivo
Viver fora da água fria

Flauta: Como poderei viver
Alunos: Como poderei viver

Juntos: Sem a tua, sem a tua
Sem a tua companhia? (2x)

Flauta: Como podem duas flores
Viver sempre a brigar
Alunos: Como podem duas flores
Viver sempre a brigar


Flauta: Como poderei viver
Alunos: Como poderei viver


Juntos: Sem a tua, sem a tua,
Sem a tua companhia? (2x)

Com tantas flores no jardim
Precisaria a Rosa agir assim
Deixar o Cravo de lado
Na sua tristeza o pobre, tão desprezado.


MÚSICA: TEREZINHA DE JESUS
(Meninos do 3º ano fazem uma grande roda em volta da Rosa. Na roda estará também o Cravo e mais dois meninos com chapéu na cabeça.)

(Crianças com as mãos para trás vão girando em volta da Rosa.)

Terezinha de Jesus
Deu uma queda e foi ao chão
Acudiram três cavalheiros
Todos os três, chapéu na mão



(Para a roda e os três meninos, com o chapéu na mão, reverenciam a Rosa.)
(Um menino coloca o chapéu ao peito e se aproxima da Rosa, depois outro e por último o Cravo que dá a mão à Rosa - mão direita com mão direita.)

O primeiro foi seu pai
O segundo, seu irmão
O terceiro foi aquele
Que a Tereza deu a mão
(Cantam de mãos dadas em volta do Cravo e da Rosa.)

Viva o Cravo, viva a Rosa
E a amizade no jardim
A amizade mais bonita
Que no mundo há pra mim

Alegria no jardim chegou
Nova vida entre as flores reinou
Gerânios e Margaridas
(Vai um par pilchado à frente)
Hibiscos e Azaleias (Outro par pilchado à frente)
Todo o jardim comemorou
A amizade que entre um Cravo e uma Rosa brotou.


MÚSICA: PEZINHO

( Os pares fazem a coreografia.)

(Solo da flauta.)


Ai bota aqui, ai bota ali
O teu pezinho
O teu pezinho
Bem juntinho com o meu. (2x)

(Todos os alunos sentados cantam.)

E depois comemorar
A amizade que venceu. (2x)

(Flauta toca 2x O CRAVO E A ROSA.)


Flauta e todos os alunos encerram juntos.)

O Cravo de bem com a Rosa
Debaixo desta sacada
O Cravo saiu feliz
E a Rosa, flor encantada.

(Aplausos de todos para todos.)
Neiva Ester

O passo mais importante para a popularização do livro e da cultura foi a invenção da imprensa. Até então os livros eram manuscritos, raros e caros. Ter livros e saber ler era privilégio de uma minoria elitista, alfabetizada, em uma sociedade de analfabetos.
Hoje a situação é outra. Não ter livros e não saber ler é uma condição estranha, minoritária, no meio de uma sociedade alfabetizada. A cultura não é mais privilégio de poucos, pois os livros estão aí, às pilhas, nas livrarias e bibliotecas, à disposição de quantos queiram manusear suas páginas e sorver seu conteúdo.
Cada ano são publicados milhões de livros, que são acrescentados a outros milhões já existentes no mundo. Numa existência inteira não conseguiremos ler sequer seus títulos! Daí a importância de lermos apenas os melhores, e não tudo o que nos cair às mãos.
O sábio Salomão, que foi ávido leitor dos escritos de sua época, declarou: “Não há limite para fazer livros, e o muito estudar é enfado da carne.” Talvez Salomão tenha lido todos os livros que lhe caíram às mãos, inclusive a vasta literatura cananeia e a chamada “sabedoria dos egípcios”, que abrangia as áreas de astronomia, medicina, arquitetura, matemática, música, pintura, embalsamento e filosofia mística.
É provável que Salomão também tenha lido livros sobre as práticas idólatras desses povos, suas artes mágicas e as especulações filosóficas de escritores pagãos. Como resultado, grande parte do estudo ao qual Salomão se dedicou, em vez de trazer-lhe prazer intelectual, lhe trouxe enfado. Isso é o que acontece quando o que se lê não merece ser lido, ou quando o estudo se torna um fim em si mesmo. O estudo só traz real prazer quando é um meio para se alcançar um fim mais elevado.
Até mesmo o estudo da Bíblia pode se tornar enfadonho se o leitor não tiver como motivação maior o aprender “as sagradas letras, que podem tornar-te sábio para a salvação pela fé em Cristo Jesus” (2TM 3:15), e procurar saber qual é a “boa, agradável e perfeita vontade de Deus” (Rm 12:2). Tendo estes objetivos em mente, não nos cansaremos jamais de estudá-la.
Hoje é o Dia do Livro no Brasil. Mas, para o cristão, todo dia deve ser o dia do Livro que nos pode tornar sábios para a salvação.

Fonte: Meditações diárias: com a eternidade no coração, de Rubem M Scheffel.